Via de regra, no início, o discurso ambiental se concentrava na tentativa de racionalizar os fluxos materiais e energéticos existentes no planeta, visando demonstrar as falhas comportamentais da sociedade de consumo e as incertezas a que expõe as gerações futuras. Com o passar do tempo, a comunidade científica (dos países centrais) fixou o foco das análises ambientais nos efeitos climáticos, dando especial destaque ao aquecimento global. Essa transfiguração não ocorreu à toa. Afinal, é mais complexo o questionamento e a crítica de um assunto árido como fenômenos climáticos do que de algo tão acessível à reflexão pública quanto o consumo desenfreado e seus possíveis malogros. Ao se deter em críticar o termo da pauta de discussão da elite capitalista a oposição se submete à superficialidade, empobrecendo o próprio poder analítico.
Como dizia o poeta: "Papagaio que acompanha João de Barro se enrola; vira ajudante de pedreiro".
Como dizia o poeta: "Papagaio que acompanha João de Barro se enrola; vira ajudante de pedreiro".
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