Por que será?
Hein, hein?!
A notícia em último lugar!
Não se trata de abordar, exclusivamente, a (ainda inacabada) guerra entre Israel e Palestina, contudo, o evento é capaz de espraiar mais lucidez sobre a mesa das reflexões.
Um conflito armado, independente das proporções que atinja é, em geral, alvo de comovida lamentação. Os prejuízos materiais e, principalmente, o número de mortos e/ou feridos justificam tal sentimento, sem dificuldade. Mas, vamos nos concentrar nos dois últimos e identificar uma distinção relevante entre eles. Para isso, utilizaremos os adjetivos "objetivo" e "subjetivo" como suportes, donde a subjetividade servirá para designar "imprecisão" ou "desorientação". E, esclarecidos os objetivos ontológicos, podemos seguir adiante.
Observada tal circunstância - qual seja a de uma guerra franca - o óbito figura como o pior dos prejuízos. É inquestionável, [acredita-se]. Certamente, não há mensura para a dor de perder um marido, um filho, uma esposa amada. O que dizer quando se vão mais de um desses entes tão queridos, pessoas que se tornam essenciais ao nosso bem-viver? Afinal, nas mais das vezes, os adultos são responsáveis pela edificação e manutenção do lar, seja moral, materialmente ou de qualquer outra forma. E os filhos? Sejam infantes ou já maduros, jamais deixam de ser objeto de admiração e alegria para os pais.
Entretanto, a morte possui a objetividade de surpreender de forma aguda, não deixando opções para quem fica. É o espaço de domínio do inexorável: aquele que se foi não mais regressará. E ponto.
Diferentemente, a ordinária deficiência de informações (detalhes) à respeito dos feridos oferece condições para a produção da matéria subjetiva. Não é difícil entender, vide a dificuldade de se saber se os indivíduos foram leve ou duramente comprometidos pelos ferimentos. O resultado disso será a tendência de minimização dos danos ou insensibilidade – o que soa como algo bastante compreensível – uma vez que imaginar todos os casos como sendo de extrema gravidade seria histeria ou desonestidade.
Mas, é de fato a morte o maior dos males, nesses casos?
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Conforme já dito, o sentimento humanitário nos faz lamentar ocorrências desse gênero por dias, meses, anos até, enquanto durarem os conflitos. E quando se vira aquela página da história, quando cessam os gritos das armas, aliviamos os corações e seguimos nossas vidas