quarta-feira, 22 de abril de 2009

O infante supra-moderno: conceitos étnicos

Era festa do dia do índio na escola, então a professora perguntou a um aluninho moreno e de cabelos lisos cor de carvão: 

- Fulano, você é descendente de índios?
- Sou, tia. A minha avó era índia - respondeu o menino.

E bastou este breve diálogo para que os demais alunos se manifestassem, quase em uníssono, afirmando esbaforidos e aos gritos que também possuíam algum ancestral ameríndio. Até um lourinho de cabelos demasiado descoloridos - que passaria por Alemão fácil, fácil.

Mas, do meio do reboliço destacou-se a sentença de um:

- Tia, até o meu cachorro é índio!!

Ao que se seguiu:

- Tia, o meu também!
- O meu gato também!
- O meu coelhinho que morreu também era índio!
- O meu passarinho também!
...  

6 comenta aí, amizade!:

Amanda disse...

Marido, você é muito engraçadinho: fica só recebendo as informações do meu dia para embebedar-se de inocência, né?!
A parte em que a professora quase enlouqueceu você esqueceu...kkkk
Agradeço seus ouvidos, tão pacientes que são.
Te amo!

Fabrício Sales disse...

Não sei porque, mas antes de ver esse comentário da Amanda eu tinha quase certeza que a professora era ela. rsrsrsrsrsrsr

bjs pra vcs!!!

Susanna Lima disse...

Mas não é que tem cara de "dia-a-dia" da Amanda?? rs

Anônimo disse...

Se a criança contou para professora Amanda que contou pro Fabiano, que contou .... que passou de gerações.... isso é ser índio!
Agora eu sou índio também, mas índio urbano, respiro ar sólido e vejo matas fugindo das laterais dos "aranha - céus" e ai de quem me cobrar direito de imagem por eu fotografar os concretos que eram as plantações dos meus tataravós!

Anônimo disse...

Eu não sou anônima..apenas uma desconhecida

Fabiano Barreto disse...

Seja bem-vinda, Beta!

Beijo!